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Decoração de ambientes: mude sua casa ou escritório gastando pouco

Decoração de ambientes: mude sua casa ou escritório gastando pouco

|17 de julho de 2019 | Decoração, Dicas, DIY - Faça Você Mesmo

Decoração de ambientes com estilo e criatividade adapta os espaços ao seu estilo e às novas fases da vida.

Por Ricardo Roca

Na última edição falamos sobre o conceito de design de interiores e sobre como um bom projeto nessa área pode fazer a diferença em sua obra. Agora, vamos um passo adiante, com a decoração de ambientes, o “pós-obra” e seu impacto no visual (e no bolso) de quem quer deixar seus espaços mais bonitos, confortáveis e funcionais.

Dentre uma infinidade de detalhes e conceitos, a regra de ouro, compartilhada por decoradores, designers e arquitetos, é que qualquer que seja o espaço, ele deve ter “a sua cara”. E nesse caso, não se trata apenas do visual, mas de ser capaz de transformar um ambiente de forma a estabelecer uma sintonia com quem vai utilizá-lo no dia a dia. Pequenos ajustes e detalhes podem fazer toda a diferença entre morar e morar bem ou contribuir para aumentar a produtividade em um espaço de trabalho, por exemplo.

Quando se fala em decoração de ambientes é comum que se imagine algo caro, supérfluo e, muitas vezes, padronizado; nada mais distante da realidade. É só considerar que passamos a maior parte de nossas vidas nesses espaços casa-trabalho para perceber que vale a pena dedicar um tempo na decoração de ambientes ou investir num profissional para executar essa tarefa. E, com criatividade, pode sair bem mais em conta do que você imagina, já que nos últimos anos o reaproveitamento de materiais e peças passou a ser uma característica bastante explorada.

Hoje em dia são muitos os canais ou blogs especializados em decoração; dá para encontrar vídeos com dicas para decorar pequenos espaços ou sobre dúvidas comuns na escolha das cortinas, além de páginas interessantes como a Remobília, especializada no conceito faça-você-mesmo e em reutilização de materiais ou a Morando Sozinha, que compartilha informações úteis para quem quer e precisa se virar sozinho. Se você curte o tema, pode viajar nesse mar de informações que o mundo de hoje oferece, e voltar para a Dell´Ambiente para arrematar seus conhecimentos.

Algo que precisamos destacar é que muita gente confunde a função do decorador com a do designer de interiores, mas há diferenças importantes, como já apresentamos na Edição 01 da revista Dell Ambiente. Enquanto o designer também se preocupa com questões estruturais, o decorador volta suas atenções para a harmonização estética e a usabilidade dos espaços, definindo móveis, acessórios, adornos e utensílios, além de cores, texturas e a concepção da iluminação, por exemplo. Não se pode dizer que um desses profissionais é mais importante que o outro, mas que atuam de maneira complementar, em aspectos diferentes.

O trabalho de decoração de ambientes vai muito além do aspecto visual, com preocupação relativa ao conforto térmico, acústica e a praticidade que vai gerar aos usuários.

Mercado em expansão

Entre os anos de 2004 e 2014, a economia brasileira apresentou vigoroso crescimento e bons índices de inclusão social; nos últimos anos, fomos na direção oposta, com forte crise. O mercado de decoração, no entanto, parece não ter sido tão impactado pela fase difícil, como mostra pesquisa da MultiCrédito, que indica que em 2016 o brasileiro investiu 21% a mais no segmento de decoração residencial.

Uma das razões que explicam essa resistência do setor foi o investimento das empresas no desenvolvimento de novos produtos, como o papel de parede autocolante ou as luminárias gaiola, e em novos conceitos e tendências, como:

• O mix de estilos, mesclando rústico com clássico, tradicional com moderno etc.;

• O estilo industrial, com mobiliário de ferro, vigas e tubulações aparentes; lembrando sempre que a parte técnica das instalações elétricas, até mesmo por uma questão de segurança, deve ser feita sempre por especialistas da área;

• Exploração das paredes, mesclando tapetes, papeis estampados ou lisos; mix de quadros; utilização de tintas especiais que permitem que esse espaço vire uma “lousa” onde você pode escrever poesias, frases, trechos de músicas etc.; pratos, flâmulas, plantas; ou brincando com vários desses elementos para a geração de efeitos pessoais;

• Aproveitamento dos espaços, com prateleiras altas para objetos decorativos, pendentes com luminárias em espaços diversos, cultivo de plantas de diversos tamanhos em suportes inesperados e práticos, ideais para quem não é expert e não tem tempo para ficar cultivando;

• Objetos artesanais, que você pode tanto garimpar em feirinhas, brechós e antiquários quanto os feitos por você mesmo, algum amigo ou parente habilidoso. São os chamados handmades, com destaque para tricô e crochê, que caíram de vez no gosto dos especialistas e são tendência.

“Do it yourself”, a era do Faça você mesmo

Tendo em vista que as possibilidades são inúmeras, se você não tem muita experiência ou sente-se inseguro (a) para planejar e realizar a decoração de algum ambiente de sua casa ou escritório, pode começar aos poucos. Vivemos em um momento que permite um pouco mais de ousadia e “sair dos padrões” já não é mais visto como uma heresia. Tanto o mercado quanto a sociedade como um todo já aceitam melhor e até estimulam as iniciativas e o desenvolvimento das habilidades individuais.

Uma possibilidade interessante para começar a se desenvolver nessa área e dar toques pessoais para seus ambientes é começar com pequenos acessórios ou pequenas reformas; um bloco de concreto pode virar um suporte para garrafas; uma caixa de frutas pode ser transformada em um criado-mudo; objetos “encostados” podem ser reformados e oferecer outros tipos de uso.  O limite é a criatividade e, desta forma, se você não ficar satisfeito com o resultado, valeu a experiência e o aprendizado.

Se, no entanto, der certo, quem sabe você não acaba por descobrir um novo hobby?!

Como se vê, há uma gama enorme de recursos disponíveis, mas não basta empolgação, é preciso ter aptidão para explorar as múltiplas possibilidades. O conceito de bom gosto é muito subjetivo. Certamente há os que querem estar “na moda”, sintonizados com as tendências descritas pelos especialistas, é legítimo e pode gerar ótimos resultados. Há, no entanto, muitos que buscam algo mais atemporal, cujo objetivo é criar um espaço agradável e bastante personalizado, trazendo sua história em cada objeto ou escolha decorativa.

Em todas essas situações é importante ter boa capacidade de observação, compartilhar decisões com pessoas próximas ou contar com um decorador de ambientes, profissional especializado para essa atividade.

Mãos à obra!

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